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A Perinatal atua desde o diagnóstico até a correção

O pré-natal se divide em três etapas: o primeiro, segundo e terceiro trimestre da gestação. Muitas ultrassonografias são realizadas ao longo dos nove meses e para além da importância do diagnóstico, também são chances de acompanhar o bebê aprimorando suas formas e movimentos.

Quando se trata da ecocardiografia fetal, tudo muda de figura. Complementando a avaliação do ultrassom morfológico, o exame terá foco apenas no coração do feto e é realizado por um cardiologista pediátrico com especialização nesta técnica. Por isso, ao se encaminhar para a sua consulta com o especialista a gestante deve ter o conhecimento de que fará um exame determinante que indicará a saúde do coração do feto.

O primeiro ecocardiograma é feito entre a 18ª e 24ª semana de gestação e realiza uma avaliação morfológica e funcional do coração do feto. Antes da 18ª semana de gestação, a imaturidade do feto dificulta a avaliação das estruturas cardíacas e após a 24ª semana o corpo mais denso impede a visualização das estruturas cardíacas. Quando há o conhecimento de diagnóstico de cardiopatia congênita, a família deve se planejar para que o parto ocorra em um local com infraestrutura para receber e tratar este recém-nascido, aumentando as chances de sucesso no tratamento.

Toda gestante deve conversar com seu obstetra sobre a realização ou não do ecocardiograma, um exame não invasivo que viabiliza os benefícios de um diagnóstico precoce e do tratamento eficaz das cardiopatias fetais. Para a Sociedade Brasileira de Cardiologia é recomendável que esse exame seja realizado de rotina no pré-natal em todas as gestações, uma vez que as cardiopatias representam 1% dos casos. Contudo, existem indicações principais para a realização do exame. A avaliação de repercussões de arritmias cardíacas fetais, a suspeita de malformação do coração fetal ou em outro órgão e de anomalia cromossômica verificada no ultrassom obstétrico são as principais razões fetais para a realização da ecocardiografia.

Entre as outras indicações estão os fatores de risco na família, paterna e materna, para cardiopatias; gestação prévia com cardiopatia congênita; infecções como toxoplasmose, rubéola e citomegalovirose; diabetes pré-existente ou gestacional, principalmente quando não controlada; e gestantes em idade avançada ou muito jovens.

O ecofetal dura em torno de 30 minutos, podendo variar de acordo com maior ou menor grau de dificuldade de visualização das imagens. A gestação gemelar, agitação ou posicionamento inadequado do feto são fatores que podem dificultar o diagnóstico. Algumas vezes, o médico terá a necessidade de rever o exame para analisar melhor os detalhes e só depois divulgar o resultado. Para facilitar essa análise e obter conhecimento do histórico da gravidez, a gestante deve levar os exames já realizados, principalmente o ultrassom morfológico.

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